“A abundância não diz respeito a quanto dinheiro se tem, mas à atitude sobre o quanto se tem.” – Rick Jarow
Quando eu era estudante em Madrid tive um professor (Marciano Vidal) que andava a escrever um livro chamado “Moral de Atitudes”. Já ia no volume 3 (2 já publicados) e a coisa parecia não ter fim.
Ele estipulava que a atitude persistente é o que molda o nosso ser, numa ligação directa entre “Atitude”-”Ser”-”Fazer”.
É certo que, sendo ele teólogo e estando o antigo Papa Bento XVI (na altura cardeal Ratzinger) à frente da Congregação para a Doutrina da Fé (herdeira da antiga Inquisição na vigilância da fé católica), o magistério eclesiástico manifestou-se contra alguns pontos da sua filosofia moral e ele acabou por renunciar ao seu pensamento em vários pontos-chave. Mas isto são outras histórias.
Chamei para aqui o Marciano Vidal a propósito das “Atitudes” em comparação com os “Factos”.
Muitas vezes sou confrontado com uma determinada acção de alguém que não me agrada. O facto aqui é este: “não me agrada”. O facto significativo não é a acção dessa pessoa. Este é um erro comum: pensar que as coisas são o que são.
Ora se as coisas não são o que são mas o que eu faço com elas, a minha atitude diante delas é que molda a sua natureza, pelo menos naquilo que me diz respeito.
Não sei se me fiz entender, mas a coisa é simples:
-Para mim o copo está meio cheio ou meio vazio, não há outras opções.
-E as minhas acções, pensamentos, avaliações, preconceitos etc., irão depender da minha consideração do copo.
As minhas acções irão depender dos meus pensamentos e estes da minha atitude perante o mundo e a vida: o meu “sistema de avaliação” (expressão de Eduardo Salazar).
O Jim Rohn, de quem falo tanto, chama a esta atitude imbuída a “filosofia pessoal”.
O Marciano Vidal ensinou-me que as acções boas e más dependem não da força de vontade em fazer o bem, nem de uma consciência moral focada na fuga do pecado, mas de uma atitude interior positiva que eu posso cultivar.
Resultado: se queres agir correctamente cria uma filosofia pessoal (atitude) correcta.
E por correcto quero dizer que te melhore a ti e aos demais e seja fonte permanente de felicidade e abundância para quem entra em contacto contigo.
One thought on “O Copo”